Os estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Cuiabá – Bela Vista participaram nesta quarta-feira (22) de uma atividade alusiva ao Dia da Consciência Negra. A “I Semana da Consciência Negra” foi um evento pedagógico organizado pelo projeto Suco Literário, sob responsabilidade da professora Andreza Moraes Branco Leria, em parceria com a Comissão de Diversidade e Relações Étnico-raciais do Campus.
Durante a programação, além de apresentações culturais promovidas pelo Coral do Campus e pelo Grupo de Intervenção Poética, os estudantes puderam assistir a um curta-metragem sobre Teresa de Benguela, líder quilombola histórica da fronteira oeste mato-grossense.
O vídeo foi seguido por uma palestra da professora de História Manuela Arruda dos Santos Nunes da Silva, do Campus Cuiabá – Octayde, que comentou um pouco mais sobre Tereza.
“Existe muito da história negra, em especial na nossa região, que até hoje permanece invisibilizada. Sou natural do Pernambuco e só pude entender melhor desta história a partir do momento em que morei em Pontes e Lacerda, próximo a Vila Bela da Santíssima Trindade. Precisamos pesquisar, estudar e refletir sobre a história brasileira em sua totalidade”.
O evento também contou com uma palestra sobre a literatura afro-brasileira, ministrada pelo Professor Luiz Renato de Souza Pinto, do Campus Cuiabá – Octayde. O tema da palestra foi “Discutindo a Literatura que Acrescenta Melanina em Nossas Estantes”, e visitou títulos e autores históricos.
A presidenta da Comissão de Diversidade e Relações Étnico-raciais, Gabriela Borges Barbosa, destacou a importância do evento. “Cria a reflexão e o resgate de memória da resistência do povo negro, sem perder a perspectiva de que essa é uma tarefa cotidiana e que há a necessidade de fortalecimento do currículo para cumprimento das leis 10639 e 11645, que incluem no currículo escolar a temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’”.
A professora Andreza Leria destacou a participação da Comissão de Diversidade e servidores do Departamento de Ensino e outros setores na organização do evento. “Foi um trabalho conjunto, realizado por diversos servidores. Acreditamos que o dia 20 de novembro deve ser referenciado pela sua importância. Mas é claro que precisamos ir além, trabalhar a história e cultura afro-brasileira como um compromisso educacional de construir uma sociedade mais inclusiva”.
