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Servidores são capacitados para lidar com práticas inclusivas de pessoas autistas

Publicado por: Reitoria / 1 de Junho de 2023 às 14:52

Docente, técnicos em assuntos educacionais, pedagogos, psicólogos e assistentes sociais de todas as unidades do IFMT, incluindo reitoria participam de uma capacitação em práticas inclusivas, abordando os Transtornos e dificuldade de aprendizagem e Educação de alunos com transtorno do espectro autista (TEA). 

O diretor de Assistência Estudantil, Inclusão e Diversidades do IFMT, Leonardo Lima conta que no preenchimento do questionário de caracterização socioeconômica foi possível localizar na instituição 34 estudantes que assinalaram na resposta a existência de Transtorno do Espectro Autista.

“Eles passam a ser atendidos no âmbito da Política de Educação Inclusiva (PEI) para estudantes com deficiência e/ou necessidades educacionais específicas, contemplados pela recém-publicada Instrução Normativa do Plano Educacional Individualizado PEI.”

Para Stella Martins Sousa, tradutora Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Campus Campo Novo do Parecis, nos dois dias do curso foi possível iniciar uma reflexão sobre como lidar com essas especificidades ao retornar para os campi.

“É evidente que em dois dias não pudemos estudar cada transtorno e dificuldade que encontraremos no nosso dia a dia escolar, menos ainda cada realidade específica, diferente e única que cada aluno tem em sua vida estudantil. Mesmo assim foi um momento muito importante para iniciar e fomentar essas questões em nossas mentes,” opinou.

A servidora mencionou ainda, a troca de experiências entre os pares. “Para além de receber os conhecimentos do Prof. Dr. Eugênio, foi uma oportunidade de ouvirmos os anseios dos colegas de outros campi trazendo a sensação de que não estamos sozinhos e de que não estamos falhando no processo do educar, pois sabemos que podemos, queremos e iremos melhorar enquanto instituição,” completou.

A técnica em assuntos educacionais, Clotilde Rodrigues Luz, atua no Departamento de Ensino do campus Cuiabá – Bela Vista, que registra, atualmente, seis estudantes em Plano de Atendimento Especializado.

"Como integrante da equipe pedagógica entendo que este evento permite criarmos condições de planejar e desenvolver ações junto aos nossos discentes no intuito de que se sintam pertencentes e acolhidos pela escola, na perspectiva de permanecia e êxito," destacou Clotildes, especialista em Biotecnologia e Mestra em Educação.

Já o professor Júlio Resende, chefe do departamento de Ensino do campus Cuiabá – Octayde Jorge da Silva destacou a experiência e didática do palestrante.

Doutor em Educação, Eugênio Cunha, é autor de diversos livros sobre a temática, entre eles: “Afeto e aprendizagem”, “Autismo e inclusão”, “Afetividade na prática pedagógica”, Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade", "Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar" e "Educação na família e na escola". 

“O Dr. Eugênio tem um conjunto de características ideais para o nosso universo. Ele tem muita experiência, prática e uma fala que é bastante acessível. Que não cai para um academicismo que não acho que é o mais adequado ao nosso ambiente de formação. Ele conseguiu trazer bastante profundidade, sensibilidade, prática e teoria. Gostei muito”.

Resende apontou que as comunidades sentem falta de formação, especialmente frente às mudanças drásticas vivenciadas no mundo atual, dentro e fora das escolas.

“Estamos vivenciando um conjunto de crises na educação algumas fora da sala de aula, de estrutura, etc, mas uma crise profunda dentro de sala de aula. E essa crise tem muito a ver com a dificuldade que nós, educadores, temos de compreender o mundo como está hoje, o aluno, de ter mais conhecimento sobre a educação, mais ferramentas pra trabalhar, mais metodologia e mais didática. Então, a formação é fundamental para alcançar as melhorias que desejamos na educação, o salto que desejamos dar,” ponderou.

Citando especificamente a formação em educação inclusiva, o docente considerou primordial, em face do preparo institucional necessário ao enfrentamento de desafios educacionais futuros relacionados à temática.

“É um passo muito importante. A gente tem uma quantidade pequena ainda no instituto, e o professor explanou bem o fato de que agora o ensino fundamental já tem uma porcentagem grande de alunos [autistas] e eles vão chegar na gente. E vão chegar em grande quantidade. Então o momento é ideal para essas formações, pra gente estar o mais preparado possível”.

Para Fernanda Santana, assistente social do campus Cáceres - Prof. Olegário Baldo, a formação atende as expectativas da equipe multiprofissional e pedagógica quando traz, por exemplo, as abordagens de intervenção na neurodiversidade.

"O professor Eugênio, de forma aplicada à realidade lançou luz de conceitos e formas de aprendizagem que são atuais e necessárias no cotidiano do IFMT". 

"O curso trouxe a oportunidade de conhecer ferramentas, assim como experiências compartilhadas, que vem corroborar e construir com o desenvolvimento da prática do meu trabalho", completou Fernanda Zanata, psicóloga do campus Várzea Grande.

A capacitação ocorreu nos dias 30 e 31 de maio, no auditório do Campus Cuiabá Bela Vista.

Notícia relacionada: 
https://ifmt.edu.br/conteudo/noticia/inclusao-ifmt-institucionaliza-o-plano-educacional-individualizado/

 

Texto: Decom/Reitoria e Ascom/Campi Cuiabá Bela Vista, Várzea Grande, Cáceres e Campo Novo do Parecis;
Fotos: Escola de Formação (Esfor/IFMT). 
 

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