Duas mulheres apaixonadas pelos livros. Assim se definem Natalícia Marques, bibliotecária do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Rondonópolis, e sua filha, Joseanne Marques Ferreira, bibliotecária do campus Pontes e Lacerda.
Profissional capacitado para organizar, catalogar, armazenar, conservar e divulgar os acervos da biblioteca, o bibliotecário atua na disseminação de informação, oferecendo suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ele também disponibiliza recursos tecnológicos e infraestrutura adequada.
A presença do bibliotecário é cada vez mais necessária, por subsidiar as atividades de ensino e aprendizagem. No IFMT, eles formam um grupo de 24 servidores distribuídos pelos campi e reitoria.
Hoje, os bibliotecários enfrentam desafios na migração dos conteúdos das bibliotecas físicas e. ao mesmo tempo, dar suporte às bibliotecas digitais para atenderem à demanda de conhecimento das instituições de ensino.
Pioneira na instituição, Natalicia, que é natural de Rondonópolis, conta que entrou em exercício no antigo CEFET em 2008, no campus Cuiabá – Octayde Jorge da Silva. Lá permaneceu até o fim de 2010, quando conseguiu sua remoção para o novo campus na sua cidade natala.
“Logo se tornou IFMT, veio a expansão e a abertura de novos campi. No primeiro ano das atividades do campus eu estava aqui, a única técnica presente, a outra técnica removida ficou nas atividades administrativas de compras na reitoria”, relembra.
Graduada em biblioteconomia desde 2005, pós-graduada em educação de jovens e adultos e com mestrado em educação, Natalicia escreve sua história ao mesmo tempo em que testemunha o crescimento do IFMT. “Começamos com um computador emprestado do campus Octayde, uma mesa e uma cadeira. Hoje quando vejo a proporção que o campus tomou, fico muito feliz e honrada de fazer parte dessa instituição”.
Em sua casa também construiu uma pequena biblioteca particular ao longo dos anos. Pelos seus cálculos são uns 500 títulos, entre romances da literatura estrangeira, brasileira, livros da área de biblioteconomia, alfabetização, história oral e gibis, sua primeira paixão pela literatura na infância.
Tamanho amor aos livros marcou profundamente a filha Joseanne. Inspirada pela mãe desenvolveu o gosto pela leitura e escolheu cursar Biblioteconomia na UFMT de Rondonópolis atual UFR - Universidade Federal de Rondonópolis até ingressar no IFMT em 2015.
“Sempre gostei de me perder nas minhas leituras. Minha mãe me levava ao trabalho, e acompanhar sua rotina na biblioteca despertou meu interesse pela profissão. Observava como ela organizava o conhecimento e facilitava o acesso à informação para as pessoas, o que me fez perceber a importância desse trabalho. Essa experiência me motivou a seguir o mesmo caminho como forma de unir a paixão pela leitura ao desejo de contribuir para a disseminação do conhecimento”.
Em um tempo de pressa e telas e de escassos momentos de introspecção, Joseanne faz um chamado aos jovens estudantes para que descubram (e se rendam) ao poder dos livros de inspirar sonhos, ensinar lições valiosas e ajudar a enfrentar os desafios do dia a dia com mais sabedoria.
“A leitura é algo fundamental. Através dela, você pode viajar, conhecer lugares, culturas e um mundo sem limites, onde sua imaginação vai te guiar. É uma fonte imensa de aprendizado e crescimento. Nunca subestimem o poder de uma boa leitura para transformar suas vidas e abrir portas para um futuro cheio de possibilidades”, ensinou.
Dia do Bibliotecário - foi instituído no Brasil pelo Decreto nº 84.631, de 9 de abril de 1980, a ser comemorado em todo o território nacional a 12 de março, data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta, Manuel Bastos Tigre. Engenheiro e bibliotecário por vocação Manuel Bastos Tigre, nasceu em 1882.